No último domingo, o torcedor Américo Laurentino, que tem deficiência 
física, também apontou as mesmas dificuldades ao assistir a uma partida 
no estádio. “Para chegar à área destinada aos deficientes físicos tive 
de caminhar três rampas bem longas, cujo piso encontra-se todo 
desnivelado. Essa irregularidade pode levar qualquer pessoa a cair no 
chão e ter graves lesões ou escoriações”, reclama. 
Em junho, o estudante Henrique Nunes, que também é deficiente físico, 
por causa de problemas para chegar até a entrada do Maracanã teve que 
voltar para casa. “Cheguei ao estádio com meu pai, duas horas antes do 
jogo entre Itália e México. Queria entrar com tranqüilidade, sem 
tumulto, mas chegando lá o guarda não permitiu o acesso do veículo na 
Avenida Maracanã. Nenhum agente sabia informar como era o acesso para 
deficientes e não quiseram liberar a passagem do carro”, denuncia. 
“As vagas do entorno do Maracanã foram transformadas em área de 
estacionamento proibido. Na Copa das Confederações, a opção era 
estacionar perto da Quinta da Boa Vista em São Cristóvão e pegar um 
ônibus adaptado que levava pessoas com deficiência até um ponto do 
estádio”, explica Heitor Luiz. 
O cadeirante Daniel Magalhães também teve problemas para entrar no 
estádio. Assim como Henrique, ele não conseguiu encontrar um 
estacionamento específico para pessoas com deficiência e não foi 
informado sobre outra opção. “Perguntei para mais de 50 funcionários, 
mas ninguém soube explicar”, conta. 
Outra reclamação freqüente é sobre os ingressos destinados a pessoas 
com deficiência: “As bilheterias para os deficientes não funcionam até o
 início dos jogos conforme as demais. O deficiente tem que chegar com 
muita antecedência para conseguir o ingresso, muitas vezes tendo que 
voltar para casa e depois retornar ao estádio.” contesta Américo.
 

 
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