Por Marina Pita
Direto de São Paulo
As Lei de Cotas (8213/1991), que regula a contratação de pessoas com  deficiência em empresas com 100 ou mais funcionários, completa 20 anos  neste domingo. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) estima que,  nesse período, quase 3 milhões de pessoas com deficiência tenham  conquistado o mercado formal de trabalho. No entanto, dados do  ministério apontam que apenas 25% das vagas que deveriam ter sido  criadas de fato foram abertas. No Estado de São Paulo, a situação é um  pouco melhor, e o índice chega a 46%. Osasco, por exemplo, ultrapassou  63%.
Apesar de porcentuais ainda baixos de resultado da Lei, Linamara Rizzo  Battistella, secretária do Estado dos Direitos das Pessoas com  Deficiência considera que há evoluções importantes no quadro de inserção  no mercado de trabalho.
"Nós estamos celebrando, em São Paulo, os 46% das vagas recorrentes a  lei de cotas ocupadas. Nós estamos ainda pranteando pela situação no Rio  de Janeiro, com apenas 5% apenas das vagas ocupadas. Mas esse quadro,  ao final, é muito animador, nós estamos mostrando que é possível a  progressão do ingresso das pessoas com deficiência no mercado de  trabalho acompanha a curva de colocação e de desemprego neste segmento  como um todo" afirmou Linamara em evento realizado pela Superintendência  Regional do Ministério do Trabalho e Emprego de São Paulo, Secretaria  de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Espaço da Cidadania e  outros atores pela inclusão social.
"Atualmente, as empresas estão se vendo obrigadas à contratação de  deficientes para evitar a fiscalização e a penalização pesada, mas ainda  não estão prontas para entender que não basta contratar. Ainda não  alcançamos o patamar de que é preciso preparar a empresa, o ambiente,  aprender a recrutar, como realizar entrevistas e principalmente, como  apoiar a socialização dessas pessoas", afirma Açúcena Bonanato,  presidente da organização não governamental para formação de pessoas com  deficiência Instituto Pró Cidadania.
Segundo ela, apesar de as empresas alegarem falta de capacitação dos  deficientes, existem profissionais altamente qualificados, com curso  superior e especialização, mas que não conseguem vagas compatíveis com o  nível educacional porque as posições estratégicas ou de gestão quase  nunca são abertas para pessoas com deficiência.
Fonte: Portal Terra. 
 
 
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